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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ar

O Mondego já não brilha aqui,
com tanta luz a matar a paixão.
Sem estrelas, asteróides ou cometas
não é possível viver qualquer ilusão.

Sufoca-me o ar da cidade,
sinto-me observado demais.
Aqui as gentes guardam segredos
e não há alegria por ti.

Ar do campo é o que preciso.
Sonho que aqui algo mude,
e luto para essa realidade.
À noite tudo volta para me atormentar.

Mas sou eu quem tem que mudar,
o altar do barulho ao caminhar,
não me vai deixar descansar.
Volto então para a solidão.

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