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terça-feira, 20 de março de 2012

Sorrir até endoidecer

Quanto menos os olhos vêem
melhor se conhece a vida.
A ópera só é sentida
por quem não a pode ouvir.

Ouvir ao contrário sim,
ou ver o longe ao perto e versa-vice.
Olhar para cima e ver o fundo do mar
não é mais do que por a imaginação a funcionar.

Controlar estas visões é enriquecer
e se não é suposto desaproveitar segundos
certamente não é por aí que vou perder.
Mas devo então sorrir até endoidecer?

Se tudo parece um sonho, milagre!
O problema de não haver acordar,
é questão que não se põe.
É preciso não ter medo e vontade de lutar.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Lua sem carris

Moro longe de mais,
longe de mim.
Não tenho como ficar,
tenho que partir em paz.

Sonho um dia poder acordar,
acordar em vez de me levantar.
Voltar a viajar para acreditar
voltar a lutar para respirar.

Falar do destino é desistir
a única espera que existe é a morte.
A lua é uma bússula
mas não tem carris para te guiar.

Tenta, pára, monta a tenda,
amanhã há mais, se hoje não o houver.
Venha uma noite de frio,
ou é desta ou mudo de desafio.

terça-feira, 6 de março de 2012

A bomb in a sandcastle.


Sensitivity is a gift
mother nature seeds'
the voice, the look,
the thoughts.

I have to dismantle this bomb
the most beautiful bomb ever
and then build a sandcastle
but only with my eyes.

In dreams I take the left,
and that's my will.
Awake something controls me
and I take the right side.

Hopefully your gift can save me
if I'm right this time.
I'm ready from now on
to wait for the real spring.

Homónimo

Partir ou ficar?
Procurar ou esperar?
Enquanto espero pela partida
sonho ficar a procurar.

O pensamento impede-me de agir
falta sempre algum pormenor
ou quando chega o momento
falta sempre o pormaior.

O grave é que me habituei ao papel,
as minhas orelhas abrem-se para escutar,
atento ao mundo não sei interagir,
sou um elefante com uma caneta.

Tenho preguiça de viver, porquê?
Não tenho medo de errar,
porque para isso precisaria de tentar.
Ver o tempo passar é de arrepiar!

domingo, 4 de março de 2012

A utopia de criar


Querer fugir sem saber para onde ir
Querer mudar sem saber o que alcançar
É não saber como chorar
É aprender a sofrer.

O meu quarto está vazio
Estou preso pela falta de tempo
Mas tempo passado no vazio
É tempo desperdiçado sem sentido

O relógio está agora parado
E enquanto a vida corre
Quem repete o passado
Perde imortalidade, ganha felicidade.

E de que felicidade falo eu?
Da felicidade de não pensar,
De não sofrer mas de chorar!
Queria então perceber porque não consigo copiar.